DIABETES E GANHO PESO, QUAL A RELAÇÃO?
11 de novembro de 2022GUIA DEFINITIVO DA DIETA LOW CARB
11 de novembro de 2022A obesidade está se tornando um problema cada vez mais recorrente, e sabemos que emagrecer pode não ser uma tarefa fácil. No entanto, quem já perdeu peso sabe que tão difícil quanto reduzir os ponteiros da balança é manter-se em forma após alcançar seu objetivo.
Diversos estudos se propuseram a entender melhor quais são as principais causas desse efeito sanfona.
Foram apresentados durante o Congresso Europeu de Obesidade informações referentes ao estudo Action-Teens, pautado em um extenso questionário que foi aplicado em adolescentes que sofrem com obesidade, seus pais e profissionais de saúde (PS) responsáveis por essa população. O estudo evidencia um abismo entre as percepções do que é a obesidade para quem a trata e para quem vive com ela. Nesse mesmo questionário, ainda foi possível observar que 42% dos adolescentes que enfrentam dificuldades para perder peso, relatam que a percepção de fome é o principal obstáculo. A dificuldade de manter “hábitos saudáveis” também foi mencionada por cerca de 30% deles.
Em um novo estudo publicado no periódico American Journal of Physiology, Endrocrinology and Metabolism, os pesquisadores estudaram o apetite de pacientes que participaram de um programa de perda de peso. Segundo eles: “Demos para 34 pessoas que sofrem com obesidade mórbida o melhor tratamento de emagrecimento, durante o período de dois anos”, explicou Cátia Martins, professora da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega.
Os pacientes iniciaram o experimento com um peso de aproximadamente 125 kg, em média. Durante as primeiras três semanas eles ficaram hospedados em um spa, onde tiveram que praticar atividades físicas regularmente, além de passar por diferentes testes todos os dias. Os voluntários também tiveram a oportunidade de conversar com psicólogos e receberam educação nutricional. Durante esse período, eles perderam 5 kg e, em média, 11 kg ao final do estudo. Entretanto, os testes revelaram que todos estavam com mais fome após emagrecerem do que quando iniciaram a dieta.
O que acontece no corpo?
De acordo com os pesquisadores, grande parte das pessoas com obesidade são capazes de perder peso por conta própria, no entanto, apenas 20% delas conseguem se manter dentro do peso ideal. Do ponto de vista biológico, dois fatores devem ser levados em consideração: a capacidade do organismo de conservar a energia e os hormônios. No que se refere aos hormônios, ocorre que o responsável pelo apetite aumenta durante a dieta. Ou seja, quando perdemos peso, o nosso estômago libera uma quantidade maior de uma substância chamada grelina, que nos faz sentir fome.
O fato é que todas as pessoas possuem esse hormônio, mas se alguém tem excesso de peso e posteriormente emagrece, seu nível aumenta. Infelizmente, o nível de grelina não se ajusta ao longo do tempo. O estudo comprova que a quantidade do hormônio no organismo permaneceu alta nos participantes mesmo após um período de dois anos. Ou seja, isso provavelmente significa que as pessoas que sofrem com excesso de peso e emagrecem vão ter que lidar com o sentimento de fome pelo resto da vida. Como se não fosse chato o suficiente, é preciso ainda analisar a capacidade do organismo de conservar energia.
Os cientistas afirmam que pessoas que perderam muito peso necessitam de menos combustível para manter seus corpos mais leves e novos, especialmente quando comparadas a alguém com o mesmo peso que foi magro durante toda a vida. No entanto, os ex-gordinhos acabam sentindo mais fome em decorrência dos hormônios. E é nesse ponto que fica difícil fechar a conta: eles precisam comer menos, porém o organismo exige mais alimentos, além de se esforçar para tentar voltar ao seu estado anterior (obeso). Aqui vale ressaltar que é de extrema importância ter conhecimento sobre quais são os mecanismos fisiológicos que atuam na resistência à perda de peso. Mas também existem algumas particularidades em meio a esse processo. As pessoas podem ficar desmotivadas ou mesmo ter outras dificuldades para seguir a dieta e os exercícios.
A ansiedade é outro fator que também pode ser muito determinante no que diz respeito ao aumento de peso por dois motivos básicos: o aumento da compulsão por alimentos prazerosos, que elevam os níveis de dopamina, e por alimentos açucarados, que elevam os níveis de serotonina. Em ambos os casos, os hormônios conferem prazer e calma para a pessoa, compensando a ansiedade. Além disso, algumas pessoas sob estresse crônico acabam produzindo altos níveis de cortisol, um hormônio que determina o acúmulo de líquido e gordura no organismo, principalmente na região do abdômen.
Tudo isso contribui para que seja mais difícil manter o novo peso. A obesidade trata-se de uma luta diária e permanente. É importante tratá-la como doença de curto prazo, oferecendo apoio e ajuda aos pacientes.
Consulte um profissional especializado
Ter o auxílio de um profissional para manter uma rotina alimentar totalmente adequada às suas necessidades pode ser a peça-chave no que diz respeito à perda de peso saudável, assim como a prevenção de doenças crônicas.
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